A TCC está baseada em uma ideia extremamente simples: a noção de que as crenças que temos sobre nós mesmos, sobre o mundo e sobre o passado e o futuro determinam o modo como nos sentimos, nos comportamos e até como reagimos fisiologicamente.
As emoções e comportamentos são influenciados pela nossa percepção dos eventos. Ou seja: não é a situação por si só que determina o que as pessoas sentem, mas, o modo como elas interpretam a situação.
E como essas crenças se formam? As crenças centrais se formam ainda na infância, são as mais profundas e orientadoras da percepção que o sujeito tem das coisas e as mais difíceis de serem identificadas e alteradas.
Veja o modelo abaixo:
Pensamentos, emoções e comportamentos estão interligados e, muitas vezes, levam a ciclos viciosos que geram transtornos e sofrimentos. Um evento externo pode desencadear pensamentos automáticos. Estes pensamentos ativam crenças pessoais aprendidas e podem provocar emoções de sofrimento continuado que, por sua vez, podem levar a comportamentos engessados e desadaptativos. Com técnicas específicas, o terapeuta auxilia o paciente a identificar eventos, pensamentos, emoções e comportamentos que levam ao sofrimento e o ensina a alterar os pensamentos automáticos e crenças.
Na Terapia Cognitivo Comportamental ocorre um trabalho ativo e conjunto entre terapeuta e paciente no qual as crenças disfuncionais e suas implicações são examinadas cuidadosamente e modificadas. O paciente aprende a distinguir entre pensamentos, sentimentos e realidade externa, tornando-se consciente da maneira como os pensamentos influenciam os sentimentos. Passa a avaliar criticamente a veracidade dos pensamentos automáticos e crenças; desenvolve habilidades para perceber, interromper e intervir ao nível dos pensamentos automáticos. Incrível, não é mesmo?